Preconceitos são aprendizagens emocionais negativas que adquirimos e que são difíceis de erradicar, mesmo quando temos a consciência de que são errados. Ainda nos meus tempos de criança ouvia os adultos criticar, negativamente, e de modo generalizado, os ciganos, os negros, os comunistas e até os estrangeiros, do que resultou ter ficado com idéias preconceituosas formadas no meu subconsciente, comportamento que tem sido alterado e que tenho erradicado paulatinamente, graças a uma cultura adequada e adquirida, essencialmente, na minha formação profissional, em disciplinas como Sociologia, Psicologia ou Direito Constitucional, embora reconheça que, no seio de determinadas etnias ou grupos, existem muitas pessoas com comportamentos desviantes e que tantos problemas provocam na vida em sociedade.
Os Estereótipos também são idéias preconcebidas mas podem ser positivos ou negativos, sendo neste caso originados pelos preconceitos. Por exemplo, se dissermos “ Os Portugueses são um povo de brandos costumes” estamos perante estereótipos positivos. Se dissermos “Os estrangeiros são perigosos”, estamos perante estereótipos negativos.
Para evitar erros na avaliação dos nossos semelhantes devemos fazer bom uso da Psicologia do Senso Comum e, se possível, devemos aplicar os conhecimentos da Psicologia Científica. Pessoalmente e, no âmbito das minhas funções de elemento policial, por vezes sinto dificuldades de relacionamento com pessoas ou grupo conotados com incivilidades e contra as quais se criam os preconceitos mas, geralmente, consigo ultrapassar as dificuldades e apesar destas, consigo ter o discernimento de não generalizar, porque acho que cada pessoa é um caso único e que as pessoas são transformadas devido a diversos factores.
Numa festa de aniversário de um dos meus filhos (ao centro), antes do ano 2000, um dos convidados é de etnia negra, pois é um ser humano como os restantes presentes.
No meu relacionamento interpessoal sou, predominantemente, uma pessoa que, no perfil psicológico, se pode identificar ou caracterizar com o estilo auto-afirmativo, pois, geralmente, sou capaz de defender os meus direitos e de exprimir os meus sentimentos, de forma directa e honesta, sem prejudicar os direitos dos outros, estando quase sempre receptivo à troca de idéias, tendo também grande capacidade de alteridade, sabendo-me colocar, mentalmente, na situação dos meus semelhantes, tipo de comportamento que muito me tem sido útil na resolução de conflitos.
Este tema é um extracto de um trabalho da minha passagem pelo Projecto Novas Oportunidades - Nível Secundário, em 2008. Serve para ilustrar mais um pouco a minha personalidade.
Alcino Cirilo.